As risadas , confidências e promessas ficaram para trás . A vida separou. Os filhos vieram e tomaram o lugar das tardes de estudo, do cinema no sábado e do parque no domingo. Ficamos envolvidas em cada cotidiano, sem saber se estávamos perto ou longe, onde mesmo? Mesmo bairro? Outra cidade? Como estávamos? Casadas? Separadas? Amadas ou desamadas?
Aquela cumplicidade, intimidade se perdeu no vento. O que acontecia tinha ser dito.
Encontros? Não existiam mais, lembranças, as vezes , quando uma história dos meninos esbarrava nas nossas. Antes , uma tão perto da outra, com tanta coisa em comum.
De repente o reencontro, onde mesmo? No meio do nada, correndo atrás não sei do que. A aparência embaraçou, será que é? Mas só por um instante. Porque o reconhecimento imediato e a sensação do tempo ter parado , passou. naquele olhar curioso de saber como foi esse tempo e a alegria de estar junto voltou, como numa foto antiga transportada para agora.
Os sinais do tempo que constrangeram no primeiro olhar do reencontro contam tudo que não foi dito.
Amiga, sabia que ainda nos viríamos!
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